As fraturas do úmero proximal são lesões comuns que afetam a região do ombro e podem ocorrer em pessoas de todas as idades. Essas fraturas podem ser causadas por quedas, acidentes automobilísticos ou lesões esportivas. O tratamento adequado dessas fraturas é essencial para garantir uma recuperação adequada e prevenir complicações a longo prazo.
As fraturas do úmero proximal podem ser classificadas de várias maneiras, dependendo da localização e do padrão da fratura. Uma classificação comumente usada é a classificação de Neer, que divide as fraturas em quatro partes: uma parte, duas partes, três partes e quatro partes. Essa classificação baseia-se na quantidade de deslocamento e na presença de fragmentos separados.
Outra classificação importante é a classificação de Jakob et al, que se concentra nas fraturas impactadas em valgo do úmero proximal. Essas fraturas são caracterizadas por uma impacção da cabeça do úmero na região metafisária, com manutenção do periósteo póstero-medial. Essa característica é importante porque está associada a um melhor prognóstico em relação à ocorrência de necrose avascular.
O tratamento conservador das fraturas do úmero proximal geralmente envolve imobilização do braço afetado com o uso de talas ou órteses. Isso permite que os ossos se curem naturalmente ao longo do tempo. No entanto, esse tipo de tratamento é mais adequado para fraturas minimamente deslocadas ou para pacientes que não são candidatos à cirurgia.
Além da imobilização, a fisioterapia desempenha um papel importante no tratamento conservador das fraturas do úmero proximal. Os exercícios terapêuticos ajudam a melhorar a amplitude de movimento, fortalecer os músculos ao redor do ombro e promover a recuperação funcional.
O tratamento cirúrgico é geralmente considerado para fraturas deslocadas do úmero proximal, especialmente aquelas classificadas como três partes ou quatro partes. Existem várias opções de tratamento cirúrgico, incluindo redução aberta com fixação interna, artroplastia e fixação percutânea.
A redução aberta com fixação interna é um procedimento no qual os fragmentos ósseos são realinhados e fixados com placas e parafusos. Esse tipo de tratamento é frequentemente usado em fraturas mais complexas e permite uma estabilização adequada dos fragmentos ósseos.
A artroplastia, por sua vez, envolve a substituição da articulação do ombro por uma prótese. Isso é mais comumente feito em pacientes idosos com fraturas graves que não podem ser adequadamente tratadas com outros métodos.
Já a fixação percutânea é um procedimento minimamente invasivo no qual os fragmentos ósseos são realinhados e fixados com pinos ou fios. Isso é geralmente usado em fraturas minimamente deslocadas ou em pacientes que não são candidatos à cirurgia aberta.
Embora o tratamento adequado das fraturas do úmero proximal possa levar a uma recuperação completa, ainda existem complicações potenciais que podem surgir. Alguns desses problemas incluem necrose avascular, não consolidação da fratura, rigidez articular e infecção.
A recuperação após uma fratura do úmero proximal pode levar várias semanas ou meses, dependendo da gravidade da lesão e do tipo de tratamento realizado. A fisioterapia desempenha um papel fundamental nesse processo, ajudando a restaurar a força e a mobilidade do ombro afetado.
As fraturas do úmero proximal são lesões comuns que podem ter um impacto significativo na vida de um indivíduo. O tratamento adequado dessas fraturas é essencial para garantir uma recuperação adequada e prevenir complicações a longo prazo. Tanto o tratamento conservador quanto o cirúrgico têm seus benefícios e devem ser considerados de acordo com a gravidade da lesão e as necessidades individuais do paciente. É importante que os médicos estejam atualizados sobre as últimas evidências e técnicas de tratamento para oferecer o melhor cuidado possível aos seus pacientes com fraturas do úmero proximal.